Apesar do susto que a seleção do Dunga deu, a galera do Amigos do Sabiá não desafinou. Enquanto o jogo rolava no telão, dentro do salão do Botequim Vacabrava, na Tijuca, os músicos dos grupos Simplicidade, Sonho de Bamba e Pano pra Manga, que formam o mais novo bloco carnavalesco do Rio, tocaram grandes sambas.
A música de abertura, claro, foi "Um ser de luz", de João Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro. É que essa música, que diz "Canta meu sabiá, voa meu sabiá / Adeus meu sabiá, até um dia", é a fonte de inspiração para o nome do bloco, criado em homenagem a um amigo dos músicos, Vitor Hugo, falecido em 2007.
- "Ó, aqui só pode comer 15 pratos de feijoada. Dezesseis não pode não, tá?!", brincava o vice-presidente do bloco, Raphael Gomes, em referência ao buffet oferecido pela roda, onde bambas e cabrochas podiam se servir à vontade.
A música rolava e, às vezes, competia com os gritos da galera, também ligada no telão. Aos 30 minutos do segundo tempo, a rapaziada da roda deu uma pausa no batuque e curtiu a virada da seleção junto com o público. Ufa... e dá-lhe samba pra comemorar!
A apresentação de ontem foi a segunda do "Amigos do Sabiá" no Vacabrava, botequim que já está no circuito das rodas de samba da cidade. Às segundas e de quarta a sábado, a programação da casa é voltada ao gênero musical. E de 15 em 15 dias, é organizada a feijoada.
- A Tijuca está precisano muito de um espaço assim. É um bairo que já mostoru que tem potencial, daqui saíram bons sambistas e vários grupos. Mas tem muita gente que, por falta de opção, vai à Lapa pra curtir samba. E estamos fixando esse ponto na Tijuca. Na segunda, por exemplo, a roda samba tem entrada franca - dá a dica o músico Carlos Fróes, produtor cultural do Vacabrava e integrante do Amigos do Sabiá.
Na foto, da esquerda para a direita: André Messina, Eduardo Novelli (Quinho), Venâncio, Raphael Gomes, Serjão, Paulo Cardoni, Igor Cotia e Carlos Fróes.
Texto escrito pelo jornalista Daniel Brunet.
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